Seja Bem-Vindo

Olá! Seja bem-vindo! Espero que encontres algo interessante por aqui, e que, possas registrar aquilo que pensa utilizando o espaço de comentários. Lembre-se: "conhecimento se constrói juntos". Fique a vontade!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

PASTORES E LOBOS

Pastores e lobos têm algo em comum, ambos se interessam e gostam de ovelhas e vivem perto delas. Assim, muitas vezes pastores e lobos nos deixam confusos para saber quem é quem, isso porque os lobos desenvolveram uma astuta técnica em se disfarçar de ovelhas interessadas no cuidado de outras ovelhas. Parecem ovelhas, mas são lobos. No entanto, não é difícil distinguir entre pastores e lobos. Cabe a cada um de nós exercitarmos o discernimento pra descobrir quem é quem. Pastores buscam o bem das ovelhas, os lobos buscam os bens das ovelhas. Pastores gostam de convívio, lobos gostam de reuniões. Pastores vivem a sombra da cruz, os lobos vivem à sombra dos holofotes. Pastores choram por suas ovelhas, lobos fazem as suas ovelhas chorar. Pastores têm autoridade espiritual, lobos são autoritários e dominadores. Pastores têm esposas, lobos têm coadjuvantes. Pastores têm fraquezas, lobos são poderosos. Pastores olham nos olhos, lobos contam cabeças. Pastores apaziguam as ovelhas, lobos intrigam. Pastor tem senso de humor, lobo você tem que levar a sério. Pastores são ensináveis, lobos são donos da verdade. Pastores têm amigos, lobos têm admiradores. Pastores se extasiam no ministério e lobos aplicam técnicas religiosas. Pastores vivem o que pregam, lobos pregam o que não vivem. Pastores vivem de salários, lobos enriquecem. Pastores ensinam com a vida, lobos pretendem ensinar com o discurso. Pastores sabem orar no secreto, lobos só oram em público. Pastores vivem pra suas ovelhas, lobos se abastecem de suas ovelhas. Pastores são pessoas humanas, reais, lobos são personagens religiosos, caricatos. Pastores vão para o púlpito, lobos vão para o palco. Pastores são apascentadores, lobos são marqueteiros. Pastores são servos humildes, lobos são chefes orgulhosos. Pastores se interessam pelo crescimento das ovelhas, lobos se interessam pelo crescimento das ofertas. Pastores apontam para Cristo, lobos apontam para si mesmo e para a instituição. Pastores são usados por Deus, lobos usam as ovelhas em nome de Deus. Pastores falam da vida cotidiana, lobos discutem o sexo dos anjos. Pastores se deixam conhecer, lobos se distanciam e ninguém chega perto. Pastores sujam os pés nas estradas, lobos vivem em palácios e em templos. Pastores alimentam as ovelhas, lobos se alimentam das ovelhas. Pastores buscam a discrição, lobos se auto-promovem. Pastores conhecem, vivem e pregam a graça, lobos vivem sem a lei e pregam a lei. Pastores usam as Escrituras como texto, lobos usam as Escrituras como pretexto. Pastores se comprometem com o projeto do Reino, lobos têm projetos pessoais. Pastores vivem uma fé encarnada, lobos vivem uma fé espiritualizada. Pastores ajudam as ovelhas a se tornarem adultas, lobos perpetuam a meninice espiritual. Pastores lidam com a complexidade da vida sem respostas prontas, lobos lidam com técnicas pragmáticas com jargões religiosos. Pastores confessam seus pecados, lobos expõem os pecados dos outros. Pastores pregam o evangelho, lobos fazem propaganda do evangelho. Pastores são simples, comum, lobos são vaidosos e especiais. Pastores têm dons e talentos, lobos têm cargos e títulos. Pastores são transparentes, lobos têm agenda secreta. Pastores dirigem igrejas que são comunidades, lobos dirigem igrejas que são empresas. Pastores pastoreiam as ovelhas, lobos seduzem as ovelhas. Pastores trabalham em equipes, lobos são prima-donas. Pastores ajudam as ovelhas a seguirem livremente a Cristo, lobos geram ovelhas dependentes e seguidoras dele. Pastores constroem vínculos de interdependência, lobos aprisionam em vínculos de co-dependência.
Os lobos estão entre nós e é oportuno lembrar do aviso de Jesus: “guardai-vos dos falsos profetas, quem vem a vós disfarçados de ovelhas, mas interiormente são devoradores vorazes”.

Autor: Pr. Osmar Ludovico

Iº Seminário de Diaconia


Aconteceu nos dias 11 e 12 de setembro na Primeira Igreja Batista em Valença o primeiro Seminário de Diaconia. O seminário teve como tema: "Mobilizando a Igreja para o cumprimento da Missão Integral".

Durante o Seminário o Diácono Aurélio este pregando sobre a temática, desafiando a Igreja quanto a necessidade do cumprimento da Missão Integral.

sábado, 10 de julho de 2010

Afinal, aonde Vamos parar?

O Brasil inteiro foi surpreendido pelo caso do goleiro Bruno, suspeito de arquitetar e encomendar o macabro assassinato de sua ex-mulher a Eliza Samudio. As investigações avançam, e com elas aumentam as chances do goleiro passar de acusado para indiciado.

A partir dos vídeos gravados por Eliza dias antes da execução, dizem que o goleiro Bruno obrigou sua ex-mulher a abortar a criança. Inclusive violentou a mesma, obrigando-a a ingerir líquidos estranhos, que provavelmente tenham sido substâncias abortivas. A princípio, conclui-se que o goleiro Bruno não queria pagar a pensão alimentícia para o filho, e após algumas negociações frustradas ele encomendou a execução de Eliza.

E o pior, na verdade o crime foi praticado por uma quadrilha formada por gente de todo tipo, de menor a adulto, de gente famosa a anônima, de bandido a ex-policial civil, auxiliados por cães ferozes. Talvez, para não menosprezar os pobres cães que foram criados para tal fim, seria mais justo afirmar que era uma quadrilha de cães.

Após a mídia apresentar as probabilidades de como teria acontecido o crime (lembrando que as investigações ainda estão a todo vapor), algumas perguntas invadiram minha mente. O que levaria uma pessoa que tem dinheiro, sucesso e fama a cometer tamanha atrocidade? Onde estava à razão, a consciência do goleiro Bruno nos momentos em que foi planejado e executado o crime? Uma pessoa dessa tem “coração”?

Tentando responder as perguntas que me inquietaram, lembrei-me do primeiro homicídio da história da humanidade, quando Caim matou Abel. No livro de Gênesis no capítulo 4 e versículos 6 e 7 Deus disse para Caim: “Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante? Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo”.

O pecado está a nossa porta, mas nós decidimos se ele entrará ou não. Todo indivíduo dotado de sã consciência deve ser responsabilizado por suas ações e por suas práticas. Não podemos transferir suas ações atribuindo-as a fatores sobrenaturais ou anormais. É evidente que a responsabilização dos atos não que dizer condenação eterna. Devemos acreditar na mudança das pessoas, a final, é nesse momento que entra a ação do Espírito Santo de Deus, convencendo o indivíduo do pecado, da justiça e do juízo.

Retomando o texto de Gênesis, fica a pergunta: Se não conseguirmos dominar o nosso instinto e a nossa inclinação para o pecado, aonde vamos para? Será que podemos nos animar como sociedade?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Um pequeno extra

A Bíblia conta a história do homem que recebeu a incumbência de encontrar uma esposa para o filho do seu patrão. Naquela época a escolha dos cônjuges dependia menos das atrações e do romance e mais do caráter e das perspectivas de futuro. Por esta razão os pais escolhiam com quem seus filhos se casariam, acreditando que os jovens não eram tão capazes de enxergar o essencial nos seus pares. Bem, mas lá se foi o homem em busca de uma mulher especial para o filho especial do patrão especial. Sua tarefa era desafiadora. Ele não podia se dar ao luxo de errar.
Diante de tamanha responsabilidade, o homem se pôs a pensar numa lista de pré-requisitos que uma mulher deveria preencher para ser a escolhida. Imagino que deva ter pensado muito e até mesmo consultado a Deus para definir seus critérios. Mas, estranhamente, sua lista constava de apenas um item e, portanto, não era uma lista.
Imaginando uma longa jornada, levou consigo dez camelos carregados de mantimentos e presentes, além dos dotes para o pai da mulher que fosse escolhida. O homem escolheu ficar próximo à fonte onde as mulheres buscavam água, e fez daquela fonte uma passarela onde as candidatas desfilavam sem saber que estavam sendo observadas. Para cada mulher que se achegava à fonte ele pedia um pouco de água. Seu plano era escolher para esposa do filho do patrão a mulher que não apenas lhe atendesse, mas também que desse de beber a todos os seus dez camelos.
Critério simples: pessoas especiais fazem o que é necessário, e não apenas o que lhes é solicitado. Alguém já disse que a diferença entre pessoas boas e pessoas excelentes é "um pequeno extra": meia hora a mais de leitura, um quilômetro a mais na caminhada, um cliente a mais visitado, uma revisão a mais na matéria, uma verificação a mais no pára-quedas, uma conversa a mais com o filho, um beijo a mais no cônjuge, uma oração a mais no dia, isto é, apenas um pequeno extra.
A geração preguiça, a companhia dos acomodados, o bloco dos indolentes, a trupe dos encostados, os adeptos da lei do menor esforço, deveriam fazer um cursinho com aquele homem da Bíblia, pois os que estão dispostos a um pouquinho mais acabam chegando mais longe, se tornando pessoas melhores e sendo mais úteis. E graças a Deus não conheço ninguém que viaja acompanhado de "dez camelos". Se bem que tem gente que viaja com cada bicho...


© 2006 Ed René Kivitz

terça-feira, 6 de outubro de 2009

A Aguia e A Galinha - Leonardo Boff

A águia e a galinha
Certa vez um camponês foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-a no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei (rainha) de todos os pássaros.
Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista: Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia. De fato, disse o camponês. É águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.
- Não! Retrucou o naturalista. Ela é e será sempre águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará voar um dia as alturas.
- Não, não! Insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe: Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não a terra, abra suas asas e voe! A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte. Nesse momento, ela abriu suas potentes asas e ergue-se soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez mais alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento.
Irmãos e Irmãs, às vezes nosso estilo de vida nos condiciona a vivermos a quem de nossa potencialidade. Portanto, desperte a águia adormecida que há em ti, levante-se. Dê um salto de qualidade e voe alto. Coragem, força e bom vôo.
(Texto extraído e adaptado)

quinta-feira, 25 de junho de 2009

A Experiência de Deus na Revelação Bíblica

Segundo René Latourelle, a revelação ou a Palavra de Deus à humanidade é a primeira realidade cristã: o primeiro fato, o primeiro mistério, a primeira categoria. Toda economia da salvação, na ordem do conhecimento, repousa sobre esse mistério da automanifestação de Deus. A revelação é um mistério primordial, que nos comunica todos os outros, pois é a manifestação do desígnio salvífico de Deus, premeditado desde toda a eternidade e que ele realizou em Jesus Cristo. A revelação é o acontecimento decisivo e primeiro do cristianismo, condicionante da opção de fé, pois, se Deus falou à humanidade e se isso for solidamente comprovado, a opção de fé não será uma opção às cegas, mas uma opção de homem, de acordo com sua natureza de ser inteligente e livre. Revelação, finalmente, é a primeira das categorias que fundamentam toda pesquisa teológica.

De acordo com as explanações do Profo Miquéias em “Introdução a Teologia”, o Deus que se revela é o mesmo que se esconde. É como se Ele brincasse de “esconde-esconde” com o homem. Por não se revelar completamente, não é possível enclausurá-lo. Isso explica o mistério da revelação.

Por se tratar de Revelação Bíblica, a mesma acontece tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Sendo que a revelação do Novo completa à do Antigo. João Ferreira Santos afirma que o Sermão da Montanha (Mateus 7,21) nos mostra que o cumprimento da Lei é a premissa indispensável à salvação. Jesus cumpriu a lei e se tornou Salvador. Partindo dessa compreensão, podemos destacar que a revelação é progressiva, ou seja, ela se manifesta no decorrer da história.

Concluindo, salientamos que A Experiência de Deus na Revelação Bíblica nos possibilita entender que Deus, conforme revelado nas Escrituras e na natureza é o Deus Pedagogo, que pacientemente ensina a verdade a seu povo. Assim, o mesmo Deus criador se torna Deus Salvador e o mesmo Deus Salvador se torna Deus Pedagogo, o Deus que se revela.
________________________________
BIBLIOGRAFIA:

LATOURELLE, René. Teologia da Revelação. 3a Edição. São Paulo: Paulinas, 1985.
SANTOS, João Ferreira. A Experiência de Deus Hoje. Recife: 1998
TILLICH, Paul. Teologia Sistemática. 2a Edição. São Paulo: Paulinas, 1987.
WESTERMANN, Claus. Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Paulinas, 1987.